A busca de um quase desconhecido!

17/07 sexta-feira e viagem marcada. São 04h00 da manhã e eu tô acordando, hora de partir!

Destino: São Thomé das Letras, MG. O frio na barriga da véspera e a ansiedade da viagem caminham lado-a-lado em busca do desconhecido, da mística que envolve essa cidade, dos contos, dos causos, das várias estórias que acercam esse pequeno vilarejo circundado por muitos montanhas de pedra e mistérios pra muita prosa...

Grupo formado, viagem de dois carros e muitas risadas...Alguns quilômetros rodados, parada para um pit rango stop e let´s go, hora de voltar pra estrada. Nesse meio tempo, a estrada infinita é sua parceira e por ela vagam as fotografias da paisagem e os muitos flashs que buscam guardar aquele momento único! Sempre único...

Estamos chegando próximo de Três Corações, cidade que faz ligação com São Thomé...Cidade do Rei, calma, não é o Elvis, nem muito menos o Roberto Carlos. Terra de rei Pelé, Três Corações é uma cidadela do interior de MG, muito simpática e convidativa. Os primeiros contatos com a cidade mostram uma organização muito bacana. O contato maior mesmo é no posto de gasolina, abastecendo e trocando idéia com a frentista, que diz o que rola pela cidade dos malucos. Opa, então maluco beleza paulistano logo se juntando. Bora por uma estrada de filme, verdes, planaltos e muita brisa na cara...rodando sem parar e sem pressa de chegar!De longe, a impressão que se tem é um inverno europeu. A distância, as imagens que são abertas à Iris é de um imenso painel montanhoso com neve, mas neve mesmo só no Sul, Pólo Sul. Tudo pedra, é zona de mineração e degradação pelas mãos do homem. Mas a natureza é persistente e ainda mantém ao decorrer sua beleza encantadora e fascinante. Somos homens burros demais por acabar com algo tão perfeito. Bem vindo à São thomé, é o que diz pelas placas que anunciam a cidade. Asfalto? que nada! Pura pedra e bota pedra nisso....é pedaços e pedaços de pedra fincados no solo arenoso e vielas e ruas desencontradas. Um sistema orgânico na linguagem urbanística. Tem bastante buteco, ah isso não falta! Restaurante com comida típica da região: tutu, torresmin, gilózin, Farofin e muitos "ins" bão demais além da conta! Descobri uma pinguinha chamada "Figuinha", que é pra levantar defunto e pessoas totalmente down, muito down...Se estiver down demais, cuidado pra não exagerar na dose...

E começa o roteiro, um mais bonito que o outro. Cachoeiras, ladeiras, vales, mirantes, grutas...

Fascinante, um exercício ao ar livre de libertação, concentração e sentimento. São Thomé não é apenas uma cidade mística, ufológica e pra muitos, um antro de bizarrices e curtição. É apenas natureza viva, expressada em tudo que se vê e toca.

A noite se aproxima e com ela um enorme, vasto tapete de estrelas dos mais variados tipos. E a vontade imensa de avistar nossos amigos de outros planos, há quem chamo de irmãos de fraternidade. A busca por este sonho pode até parecer maluquice, mas um acreditado como eu vive "achando" que uma hora eles aparecem...E se aparecem, viu!?

Um dia neste lugar é uma experiência estranha, visões e sensações nada rotineiras. O que vc busca neste lugar? O que eu busco e talvez muitos busquem?

A verdade...mas que verdade é essa? Talvez não a mesma que todos gostaríamos de compartilhar...

Frustração apenas pela vigilia noturna ter sido quebrada seguidamente. Acho que, depois de um comentário que ouvi, propositalmente. Dizem que o universo conspira a favor das nossas oportunidades. Talvez não desta vez...ou não? O que você acha?Enfim, nada de homenzinhos verdes mas mesmo assim, valeu muito a pena! Eu sei que de alguma forma, algo aconteceu e não neste plano, creio eu...mas melhor não esticar muito, definitivamente você leitor vai começar achar que é caso de insanidade mesmo! Hora de voltar, paro olho pra trás e vejo uma cidade tão estranhamente encantadora ficar...

Saudades de uma horas atrás que já passou!

Estranhamente acho que parte de mim ficou naquele lugar, ou então, apenas voltou pra casa!

Luz e até breve!