sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O amor é cego!



O amor é cego quando se quer estar de olhos fechados
E ainda assim, mesmo no outdoor da avenida, quem passa e vê,
nota que o eterno romântico surpreendeu a sortuda moça
mas nem sabe que ela, o "verdadeiro amor" não consegue vê-lo!
E quem sabe dias destes, ousa o rapaz algo inovador
Imagina mil balões vermelhos caindo do céu
Em pleno quintal da casa dela, como glóbulos vermelhos
percorrendo suas veias, fazendo bater
ainda mais forte o amor que sente por ela!
E antes que ela ouse olhar para o céu, sem entender nada
Plantaria neste gramado, mil girassóis em toda extensão
Fazendo lembrar o brilho do seus olhos no sol da tarde
E o reflexo dos seus cabelos ao balanço do vento.
Se ainda assim não fizesse abrir os seus olhos
para este amor investido, lascivo e com tanta vontade
Poderia o persistente entorpecido pela sua angústia
pintar o céu de vermelho, como quem rabisca o sulfite com seu nome
Enquanto ele está ao seu lado, ela atende o telefone e
nem nota ele ali, parado ensaiando um convite pra sair!
E ainda por cima, as flores que mandou entregar na portaria
Acabam indo parar nas mãos da esposa do segurança
Sofre o coração de quem ama e não é correspondido
Chora, vibra, luta e sonha até acordado, desiludido!
Não há alimento que nutra o organismo senão o gosto dela
Lá, na ilusão do pensamento inquietante, onde ela se instala
Há ainda quem passe a vida tentando, tentando e tentando
nem sempre o romântico apaixonado consegue arbitrar este cenário
Seu pobre coração, triste e despedaçado, encarrega-se
De recolher os pedaços um-a-um, e com o desejo de
Quem sabe um dia, descobrir se ela ou alguém irão juntá-los!

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